Cálculo havia apontado perda de R$ 88,6 bilhões, segundo Graça Foster

    28/1/2015

    Cálculo apresentado durante a reunião do Conselho de Administração da Petrobras realizada na terça-feira (27) indicava a necessidade de uma baixa contábil de R$ 88,6 bilhões nos ativos da companhia referentes às perdas com corrupção ligadas à operação Lava Jato. O número aparece em comunicado da presidente da estatal, Graça Foster. Segundo ela, no entanto, a metodologia usada não foi considerada adequada.
    Com dois meses de atraso, a Petrobras divulgou na madrugada desta quarta o balanço do terceiro trimestre de 2014. Os números mostram que a estatal teve lucro líquido de R$ 3,087, uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior.
    Por duas vezes a companhia adiou a divulgação informando que os dados precisavam ser ajustados para as perdas decorrentes das denúncias de corrupção. O documento divulgado, no entanto, veio sem essas informações.
    Mercados
    A divulgação do balanço sem as perdas por corrupção repercute mal nos mercados. As ações da Petrobras têm forte queda tanto aqui quanto nos Estados Unidos: por volta das 14h20, os papéis preferenciais tinham queda de 9,64%, enquanto os ordinários caíam 8,82%. Em Nova York, a baixa era de 9,8%. SIGA EM TEMPO REAL
    "Esse balanço certamente impacta de forma negativa nos mercados, porque ele não mensura o que estava faltando [referente às denúncias] e contraria o que a própria Petrobras havia sinalizado anteriormente [de que as perdas seriam incluídas]", diz o economista Jason Vieira.
    Valor justo
    De acordo com Graça Foster, a estimativa de perdas foi feita com base na diferença entre o valor justo e o valor contábil de cada um dos ativos avaliados, considerando ainda o sobrepreço (superfaturamento) verificado a partir de informações da Operação Lava Jato.
    "O resultado das avaliações indicou que os ativos com valor justo abaixo do imobilizado totalizaram R$ 88,6 bilhões de diferença a menor", diz a executiva em comunicado. A avaliação, no entanto, também encontrou ativos com valor justo superior ao contábil (ativos que estariam registrados nas contas da companhia por um valor abaixo do que seria justo), no valor de R$ 27,2 bilhões.
    A estatal considerou, no entanto, que a metodologia usada não foi considerada uma substituta adequada para o cálculo das perdas com corrupção, "pois o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente", e que será feito outro cálculo desse impacto.
    "Assim, aprofundaremos outra metodologia que tome por base valores, prazos e informações contidos nos depoimentos em conformidade com as exigências dos órgãos reguladores (CVM e SEC), visando a emissão das demonstrações contábeis revisadas", diz Graça Foster.
    Investigações
    Segundo informações da PF, de procuradores do Ministério Público e de delatores do caso, executivos da estatal indicados por partidos políticos conspiraram com empresas de engenharia e construção do país para sobrevalorizar refinarias, navios e outros bens e serviços da Petrobras. Os valores excedentes dos projetos teriam sido desviados para executivos, políticos e partidos.
    O Ministério Público Federal do Paraná já ofereceu denúncias contra 36 investigados e os procuradores anunciaram que irão pedir ressarcimento de ao menos R$ 1,18 bilhão por desvios na empresa.
    Fonte: www.globo.com

  • Governo publica decreto que aumenta IOF sobre crédito

    21/1/2015

    O governo publicou nesta quarta-feira (21) o decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas operações de crédito para o consumidor.
    O crédito fica mais caro a partir de quinta-feira, quando a nova regra entra em vigor, segundo o "Diário Oficial da União".
    A alíquota passará de 1,5% para 3% ao ano (o equivalente à alta de 0,0041% para 0,0082% por dia). Esse valor será cobrado além dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Com essa medida, o governo espera arrecadar R$ 7,38 bilhões neste ano.
    Essa e outras medidas já haviam sido anunciadas no início da semana pelo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Além da alteração do IOF, também foi comunicado o aumento de tributos sobre combustíveis e sobre produtos importados. A expectativa da equipe econômica é arrecadar R$ 20,6 bilhões neste ano com as alterações.
    Essas medidas tendem a tornar o crédito ao consumidor mais caro e, caso a Petrobras não reduza o preço que cobra das distribuidoras, a gasolina e o diesel vão subir.
    Segundo disse Levy na ocasião, as medidas fazem parte do esforço do governo para ajustar as contas públicas "com o menor sacrifício possível". "As medidas têm por objetivo aumentar a confiança da economia, a disposição das pessoas e dos investidores em tomarem risco, e dos empresários em começarem a tentar novas coisas", explicou o ministro, acrescentando que elas tendem a baixar a curva de juros de longo prazo.
    Desde que foi anunciada a nova equipe econômica, no fim de novembro, o governo vem anunciando medidas para ajustar as contas públicas, que tiveram forte deterioração em 2014 – ano em que a arrecadação registrou comportamento fraco, devido às desonerações e ao baixo ritmo de crescimento da economia, e no qual os gastos públicos continuaram a avançar.
    Veja as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda:
    De acordo com o ministro da Fazenda, estão sendo elevados o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.
    Segundo ele, o impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. O PIS e a Cofins terão alta imediata, mas o aumento da Cide só terá validade daqui a 90 dias. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
    "Daqui a três meses [quando começar a valer o aumento da Cide], temos intenção de reduzir o PIS e a Cofins", declarou ele. Questionado sobre qual será o impacto no preço dos produtos para o consumidor, o ministro informou que "isso vai depender da evolução do mercado e da politica de preços da Petrobras".
    Nas importações, o ministro informou que está elevando o PIS e a Cofins. As alíquotas avançarão de 9,25% para 11,75%. O objetivo, segundo Levy, é compensar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações. "A gente ajusta a alíquota para que não se prejudique a produção doméstica. Correção da própria economia", declarou. A expectativa é arrecadar R$ 694 milhões neste ano. A incidência começa em maio e a arrecadação em junho.
    Um decreto presidencial vai equiparar o setor atacadista e o industrial no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cosméticos. A medida, informou Levy, não implica em aumento da alíquota e apenas "equaliza" a tributação ao longo da cadeia de produção e distribuição desse setor. Mesmo assim, o governo espera arrecadar R$ 381 milhões com a medida neste ano e R$ 653 milhões em 2016. As alterações entram em vigor em maio e a arrecadação passa a acontecer a partir de junho.
    Meta para 2015
    Para este ano, o governo estabeleceu uma meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público – que inclui também os estados, municípios e empresas estatais.
    Desse montante, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta para o governo e R$ 11 bilhões são uma estimativa para estados e municípios.
    De janeiro a novembro do ano passado (último dado disponível), as contas do setor público registraram um déficit primário – receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida – de R$ 19,64 bilhões, segundo números divulgados pelo BC.
    Foi a primeira vez, desde o início da série histórica do BC (em 2002 para anos fechados), que as contas do setor público registraram um déficit nos 11 primeiros meses de um ano. É o primeiro déficit e o pior resultado para este período. Até o momento, o pior resultado havia sido registrado em 2002 (superávit de R$ 53,73 bilhões).
    Medidas anunciadas anteriormente
    Nos últimos meses, a nova equipe econômica já tinha anunciado medidas. São elas: mudanças nos benefícios sociais, como seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, que ainda têm de passar pelo crivo do Congresso Nacional. Além disso, também subiram os juros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor produtivo, como forma de diminuir o pagamento de subsídios pelo governo.
    Outra medida foi a alta do IPI para automóveis no início deste ano. O Ministério do Planejamento, por sua vez, anunciou a redução dos limites temporários de empenho para gastos no orçamento de 2015. Na semana passada, o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, confirmou que não haverá mais repasses do governo ao setor elétrico, antes estimados em R$ 9 bilhões para este ano, o que deverá elevar ainda mais a conta de luz.
    Fonte: www.globo.com

  • Dólar fecha em alta, após cair ao patamar de R$ 2,59 durante o pregão

    16/1/2015

    O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (15), após recuar abaixo de R$ 2,60 durante o pregão e atrair investidores comprando divisas aproveitando a cotação considerada barata.
    A moeda norte-americana avançou 0,80%, a R$ 2,6342 na venda, após ter chegado a alcançar R$ 2,5995 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões.
    A queda vista mais cedo refletiu expectativas de que a política monetária dos Estados Unidos poderá continuar frouxa por mais tempo do que o esperado e de mais estímulos na zona do euro. A perspectiva de maior rigor fiscal no Brasil também havia contribuído para o sentimento positivo no mercado doméstico.
    No pregão da véspera, a divisa tinha recuado a R$ 2,6342 na venda, na menor cotação desde 10 de dezembro.
    Nesta sessão, as atenções dos investidores também estavam voltadas principalmente para o franco suíço, após o banco central do país surpreender os mercados e descartar o limite que vinha impondo à divisa nos últimos três anos.
    Operadores afirmavam, contudo, que as turbulências vindas da Suíça tinham impacto limitado no mercado brasileiro, uma vez que a perspectiva de maior disciplina fiscal no Brasil tem animado investidores.
    Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo até 2 mil contratos de swap cambial, que equivalem a venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos vencem em 1º de dezembro e correspondem a 98,0 milhões de dólares.
    Também foram ofertados swaps para 1º de setembro, mas nenhum foi vendido. O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 47% do lote total.

    Bovespa
    A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em trajetória positiva nesta quinta-feira, quebrando uma sequência de quatro pregões no vermelho, amparada principalmente nos fortes ganhos das ações da Petrobras.

    O principal índice de ações da bolsa subiu 0,80%, aos 48.026 pontos. As ações da Petrobras acentuaram os ganhos ao longo do dia. Perto do fechamento, as ordinárias subiam mais de 8% e as preferenciais, quase 7%, depois que a companhia confirmou que deve divulgar o balanço do terceiro trimestre do ano passado não auditado no dia 27 de janeiro.
    Fonte: www.globo.com

  • " Charlie Hebdo" reabre o debate sobre os limites da liberdade de expressão

    12/1/2015

    O massacre da última quarta-feira (7) no jornal satírico francês "Charlie Hebdo" trouxe à tona o debate sobre os limites da liberdade de imprensa e o direito de ofender.
    Jornais de Rússia, China, Malásia e de outros países criticados por reprimir a liberdade de imprensa em diferentes níveis disseram que o jornal cometeu um erro ao publicar charges que podem ser interpretadas como ofensivas por muçulmanos.
    Ao mesmo tempo, muitas vezes no Ocidente apoiaram de forma inequívoca o "Charlie Hebdo", que não apenas ri do Islã, como também do cristianismo e do judaísmo, além dos políticos de qualquer bandeira.
    "A mensagem ficou clara (...) o que está em jogo não é apenas o direito que as pessoas têm de desenhar o que quiserem, e sim que, na sequência dos atentados, o que desenharem deve ser celebrado e difundido", escreveu Teju Cole na New Yorker sobre os cinco cartunistas da Charlie Hebdo mortos pelos irmãos Said e Cherif Kouachi.
    O escritor nigeriano-americano acrescentou que "o fato de condenar estes brutais assassinatos não significa que deva justificar sua ideologia".
    Em um editorial publicado pouco depois do ataque, o jornal britânico "The Guardian" disse: "A chave é a seguinte: o apoio ao direito inalienável de uma publicação formular seus próprios julgamentos editoriais não te obriga a fazer eco destes julgamentos".
    "Dito de outra maneira, defender o direito de alguém de dizer o que quiser não te obriga a repetir suas palavras", escreveu o The Guardian, depois que muitos militantes da liberdade de imprensa condenaram jornais ocidentais por não publicar os polêmicos desenhos do "Charlie Hebdo" sobre o profeta Maomé.
    O massacre de 12 pessoas no ataque à revista, unido ao assassinato de uma policial e a uma tomada de reféns em um mercado judaico onde outras quatro pessoas morreram, levaram às ruas de Paris um milhão e meio de pessoas no domingo.
    Entre os presentes na inédita marcha havia mais de cinquenta líderes de todo o mundo.
    A foto de família destes líderes não convenceu a todos. Daniel Wickman, estudante da London School of Economics, publicou uma série de tuítes muito citados na imprensa nos quais acusa muitos dos líderes presentes na manifestação de ataques à liberdade de imprensa.
    "Aqui estão alguns dos firmes defensores da liberdade de imprensa, participando da marcha de solidariedade de Paris no dia de hoje", escreveu o jovem com ironia, citando uma série de detenções e agressões a repórteres em muitos dos países representados na manifestação.
    Vários jornais asiáticos, sobretudo em países com uma ampla população muçulmana ou onde o governo exerce a censura, condenaram o massacre no Charlie Hebdo, mas argumentaram que a liberdade de imprensa tem limites.
    O New Straits Times, o órgão de comunicação anglófono do governo da Malásia, um país de maioria muçulmana, publicou nesta segunda-feira um editorial intitulado "Os riscos da liberdade de expressão".
    O artigo afirma que o Charlie Hebdo divulgou um discurso incendiário, amplificado por "sua posição de forte influência" no mundo midiático.
    "O Charlie Hebdo tinha seguidores e não pode difundir impunemente o que equivale a uma mensagem de ódio. O que é uma caricatura do profeta Maomé nu?", se pergunta o New Straits Times.
    O Global Times da China, um país acusado de reprimir sua minoria muçulmana, os uigures, argumentou em seu editorial que 'a comunidade internacional deve defender o direito dos editores da revista a sua segurança pessoal, o que não significa que deva se alinhar com suas controversas vinhetas'.
    Outros, por sua vez, são mais categóricos.
    Art Spiegelman, conhecido por sua história gráfica "Maus", sobre o Holocausto, denunciou a hipocrisia de grande parte da imprensa americana por não publicar caricaturas do "Charlie Hebdo".
    Fonte: globo.com/France Presse
    Fotos: Joel Saget/AFP

  • Retrospectiva Transduarte 2014

    06/1/2015

    A ano de 2015 já é realidade e estamos entrando neste novo tempo com um balanço positivo na trajetória da organização. Em 2014 tivemos muitas conquistas como a recertificação do SASSMAQ, a certificação do Programa Transportadora da Vida e a renovação do contrato dos diretores que estão mantendo uma gestão de alta performance e resultados.
    2014 também foi um ano de incertezas e desafios propiciados por um ano eleitoral e de copa do mundo. Mas os colaboradores de todas as unidades não mediram esforços para oferecer o padrão de excelência e qualidade que tanto nos esmeramos para manter.
    É com essa sensação de dever cumprido que desejamos um 2015 repleto de conquistas, de relações prósperas, de parcerias de mão dupla, de trabalho e grandes oportunidades, e que o nosso aprendizado do ano que passou nos fortaleça e nos faça crescer.

    Feliz ano novo.
    Fonte: Ascom Transduarte - Assessoria de Comunicação

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