Contas do governo têm rombo recorde de R$ 114,9 bilhões em 2015

    28/1/2016

    Em um ano marcado pela recessão na economia e pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais", as contas do governo tiveram forte deterioração e registraram um rombo recorde de R$ 114,98 bilhões, ou 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB), informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28).
    Foi o segundo ano seguido de déficit fiscal primário - que considera apenas receitas e despesas, sem contar juros da dívida. Este foi, de longe, o pior resultado das contas públicas desde o início da série histórica, em 1997, ou seja, em 19 anos. Até então, o pior saldo havia sido registrado em 2014, quando foi contabilizado um déficit primário de R$ 17,21 bilhões, ou 0,3% do PIB. Os números mostram que a piora do resultado, de 2014 para 2015, foi de R$ 97,77 bilhões.
    As receitas totais do governo subiram 2,1% em todo ano passado. Já as despesas totais cresceram 11,6% em 2015, ou seja, mais que o cinco vezes a expansão das receitas.
    Previdência Social
    O resultado das contas do governo engloba a União, o Banco Central e da Previdência Social. Segundo o governo, houve uma forte piora nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social no ano passado, quando foi contabilizado um déficit de R$ 85,81 bilhões (diferença entre as receitas e o pagamento de benefícios previdenciários), ou 1,5% do PIB.
    Em 2014, o resultado negativo havia sido de R$ 56,69 bilhões - o equivalente a 1% do PIB. A piora foi de R$ 29,12 bilhões de um ano para o outro e rombo subiu em 51%. O déficit do INSS de 2015 foi o maior valor nominal (R$ 85 bilhões), mas, em proporção com o PIB, ficou abaixo do patamar registrado de 2004 a 2007. O governo debate, neste momento, uma reforma da Previdência Social.
    "Houve um crescimento muito forte de uma despesa obrigatória, que é a Previdência Social. Essa foi uma variável bastante importante na compreensão do déficit neste ano. Junto a isso, temos a perda da receita total de mais de R$ 100 bilhões [em relação à previsão inicial] principalmente por conta da atividade econômica e, também, efeito do preço do petróleo. Se retirarmos as despesas discricionárias, que caíram em termos reais, as obrigatórias também subiram", avaliou o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira.
    Meta fiscal
    Por conta das dificuldades enfrentadas com as contas públicas neste ano, o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de alteração da meta fiscal no ano passado - que acabou sendo aprovada pelo Legislativo.
    O texto, enviado pelo Palácio do Planalto diante das dificuldades para fechar as contas, autorizou o governo federal a encerrar 2015 com um déficit de R$ 51,8 bilhões - sem contar as pedaladas fiscais e as receitas da concessão de hidrelétricas, que acabaram ficando para 2016.
    Com o pagamento das pedaladas fiscais, limitado a R$ 55,6 bilhões, o resultado negativo das contas do governo poderia subir para até R$ 118,7 bilhões. O Executivo dependia da revisão da meta para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Com a revisão, a meta fiscal do ano passado acabou sendo cumprida pelo governo.
    As chamadas “pedaladas fiscais” consistiram no atraso dos repasses da União para bancos públicos do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários. Essa prática fez com que instituições financeiras como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil usassem recursos próprios para honrar esses compromissos.
    Receitas X despesas
    De acordo com dados do governo federal, as receitas totais subiram 2,1% em todo ano passado, contra 2014, para R$ 1,25 trilhão. O crescimento das receitas foi de R$ 26,14 bilhões no último ano.
    Em 2015, o governo subiu tributos sobre combustíveis, automóveis, empréstimos, importados, receitas financeiras de empresas, exportações de produtos manufaturados, cerveja, refrigerantes, cosméticos.
    Na comparação com o PIB, as receitas totais somaram 22% no ano passado, contra 21,5% em 2014. O valor registrado em 2015, porém, não é recorde histórico, uma vez que, entre 2005 e 2013, haviam atingindo um patamar mais alto.
    Ao mesmo tempo, as despesas totais cresceram 11,6% em 2015, ou seja, mais que o cinco vezes a expansão das receitas, para R$ 1,15 trilhão. Neste caso, a elevação foi de R$ 119 bilhões no ano passado. Os gastos somente de custeio, por sua vez, avançaram bem mais no ano passado: 19,5%, para R$ 265 bilhões.
    Na proporção com o PIB, ainda segundo números da Secretaria do Tesouro Nacional, as despesas totais bateram recorde no ano passado ao somarem 20,2% do PIB. Foi a primeira vez em que as despesas do governo superaram a marca dos 20% do PIB (com PIB revisado). O recorde anterior havia sido registrado em 2014 (18,1% do PIB).
    A dívida pública federal teve aumento recorde de 21,7% no ano passado, para R$ 2,79 trilhões. Em valores nominais, o crescimento da dívida pública em 2015 foi de R$ 498 bilhões – impulsionada principalmente pelas despesas com juros, que somaram o valor recorde de R$ 367,67 bilhões.
    Investimentos caem fortemente
    No caso dos investimentos, os gastos somaram R$ 55,53 bilhões no ano de 2015, valor que representa uma queda de R$ 22 bilhões, ou 28,3%, frente ao patamar registrado em 2014 (R$ 77,5 bilhões). O valor é o mais baixo desde 2011 (R$ 52,6 bilhões). Na proporção com o PIB, os investimentos somaram 1% em 2015. Trata-se do menor valor desde 2008, quando totalizaram 0,9% do PIB.
    Dividendos, concessões e subsídios
    Segundo o governo, as receitas de concessões e dividendos recuaram no ano passado. De acordo com dados oficiais, as receitas com concessões somaram R$ 5,89 bilhões em 2015, em comparação com R$ 7,92 bilhões no ano anterior. A queda foi de R$ 2 bilhões.
    Ao mesmo tempo, o governo também recolheu menos dividendos (parcelas do lucro) das empresas estatais no ano passado. De acordo com o Tesouro Nacional, os dividendos pagos pelas empresas estatais ao Tesouro Nacional somaram R$ 12,07 bilhões em 2015, contra R$ 18,93 bilhões em 2014. O recuo foi de R$ 6,86 bilhões no último ano.
    Por outro lado, o governo informou ainda que caíram os pagamentos feitos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2015. Segundo o governo, foram pagos R$ 1,26 bilhão para a CDE em 2015, em comparação com R$ 9,2 bilhões em 2014.
    Em todo ano passado, com o pagamento das "pedaladas fiscais", cresceram fortemente o pagamento dos subsídios (entre eles a chamada equalização de taxas de juros com bancos públicos), somando R$ 58,93 bilhões em 2015. No ano anterior, com o represamento (as pedaldas fiscais), haviam somado somente R$ 8,94 bilhões.
    Meta fiscal para 2016
    Para este ano, o Congresso Nacional aprovou o texto do Orçamento de 2016 estabelecendo uma meta de superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões. Esse valor, porém, é para todo o setor público - que inclui a União, estados, municípios e estatais. A parte somente do governo é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB).
    Entre outros pontos, o texto da lei orçamentária prevê arrecadação federal com a criação da nova CPMF - tributo que sofre resistência por parte da sociedade e de parlamentares. Bancos ouvidos pelo Ministério da Fazenda em dezembro, porém, não acreditam que a meta fiscal de 2016 será atingida. A previsão é de um rombo de R$ 68,23 bilhões.
    Fonte: www.globo.com

  • Bodyboarder brasileiro pega paredão de 14m em Jaws e diz: "Muito medo"

    18/1/2016

    O bodyboarder brasileiro Magno de Oliveira Passos entrou para a história da modalidade no último fim de semana. O capixaba de 31 anos encarou os paredões de Jaws, no Havaí, em um dos maiores swells dos últimos anos, apenas na remada. Ao lado de outros surfistas e do também bodyboarder do Espírito Santo Lucas Caiado, Magno remou para dropar uma onda de 14 metros, considerada por muitos especialistas havaianos como a maior já surfada de bodyboard no mundo sem a ajuda de um jet-ski. O feito foi comentado por toda a comunidade do surfe mundial. No mesmo dia em que Maguinho mostrou coragem, nomes como Kelly Slater, John John Florence e big riders de reconhecimento internacional como o brasileiro Felipe "Gordo" Cesarano também estavam em Jaws.
    As ondas de Jaws são temidas em todo o mundo. Além de gigante, fica isolada e rodeada por pedras. A correnteza também é fortíssima. A onda quebra na Ilha de Maui, no Havaí, e surfistas brincam que uma vaca em Jaws é como "cair numa máquina de lavar gigante" tamanho o volume de água. Magno explica que sentiu muito medo ao chegar no canal de Jaws, mas ao receber a notícia do patrocinador de que haveria um swell gigante não conseguiu ficar apenas observando. Para se ter uma ideia do poder da onda do local, a velocidade de entrada na onda pode chegar a 70km/h.
    - Quando cheguei, parecia o Maracanã. Toda a ilha se moveu para Jaws, tinha gente de todo o mundo, o Kelly Slater, o John John surfou um dia depois. Teve o Pedro Calado , o "Gordo". Cheguei e já fui entrando na água. E foi perfeito. Naquele momento, tinha apenas uns quatro havaianos, então deu para se posicionar bem, esperar a onda certa. Estava com muito medo, muito. Na verdade, quando falei com o Lucas Caiado, eu disse que não sabia se ia pegar as ondas, mas queria ir para o canal. Só de ver aquelas ondas é uma vitória. É um fenômeno da natureza, muito perfeito. Vi que fiquei muito embaixo do lip. Se tivesse um segundo atrasado, a onda podia partir em cima do meu joelho, das minhas costas, e me machucar muito - explica Magno Passos.
    O feito de Magno não teve ajuda de nenhuma estrutura. Eram apenas ele e sua prancha. O bodyboarder não contava sequer com um colete salva-vidas que poderia levá-lo de volta para a superfície caso fosse sugado por Jaws. Além disso, ele perdeu um dos pés de pato ao entrar na onda. Por isso, acabou terminando a onda com apenas um e não se arriscou de tentar outro paredão, o que para ele, seria impossível na remada. A falta de vento, contudo, ajudou, pois para o bodyboard a prática fica praticamente impossível com condições de vento forte.
    - Eu não usei nem colete nesse dia. Não tenho. Todo o surfista que estava lá tinha o colete inflável para te levar para a superfície caso a onda te jogue para baixo. Quero me especializar mais nesse tipo de esporte. Não tinha nenhum jet-ski me esperando. Fui na coragem, na vontade, na fé. O cara do surfe tem uma prancha de dez pés, 15 pés, ele dá duas remadas e me passa. Eu tenho que dar dez para me movimentar a mesma distância que ele. Isso já te tira muito gás. Além disso, para surfar uma onda dessas eu preciso ficar uns dez metros de distância deles, para baixo. Surfar Jaws de bodyboard é único. A minha prancha tem 105cm, os caras surfam com uma prancha de quase cinco metros. Olha a diferença. Ainda não temos material no bodyboard para esse tipo de prática - garante Maguinho.
    Passos correu o Circuito Mundial de Bodyboard nos últimos anos, mas em 2015 desistiu de participar da temporada. Ele mudou-se para a Ilha de Maui em 31 de dezembro de 2014 ao lado da esposa e dos filhos. No fim de 2015, teve aprovado seu green card e agora tem um sonho. Quer se especializar no que seria uma nova modalidade. O bodyboard nas ondas gigantes.
    - Vim morar em Maui desistindo da carreira de bodyboard, desistindo de ser profissional, do Circuito Mundial. Não competi esse ano. Apliquei o green card, consegui. Nossa família tem permanência garantida. Mudei o foco da minha vida, mas algumas coisas acontecem que não dá para entender direito. É gratificante ver meu nome rodar o mundo. O bodyboard é muito discriminado, a gente as vezes tem que engolir sapo para provar que temos condições de fazer coisas que os surfistas também podem fazer. O reconhecimento da comunidade do bodyboard também. Sinto o orgulho de cada um que vê essa foto. Fico muito feliz de ver isso. É até difícil não pensar em tentar patrocínios para surfar esse tipo de onda. Mas estando tão perto de Jaws, quem sabe não consigo me especializar. A prancha que uso é a mesma do dia a dia de treinos em ondas normais. Imagina conseguir viver desse bodyboard de ondas gigantes? Uma nova era para o esporte, uma nova modalidade - diz o capixaba.
    Fonte:www.globo.com

  • Feliz Natal !

    24/12/2015

    Desejamos um Feliz Natal a todos !

  • Reta Final: Gravações do Curso Basic Speaker EAD. Lançamento em Janeiro de 2016!

    10/12/2015

    A Sociedade Brasileira de Palestrantes esteve realizando, na última sexta-feira (27/11) , as gravações finais do Curso Basic Speaker EAD, que será lançado em plataforma ONLINE em Janeiro de 2016.

    Foram gravados 10 módulos de curso que contemplam 38 temas.

    O curso tem como objetivo oferecer ao aluno um conteúdo diferenciado que transmita todos os aspectos fundamentais para o desenvolvimento da carreira do palestrante profissional.

    Para saber mais informações sobre o conteúdo programático e instrutores do curso, acesse:

    http://sbpalestrantes.com.br/ead-basic-speaker/

    TEM INTERESSE NO CURSO?

    Envie um e-mail para: atendimento@sbpalestrantes.com.br

    ou ligue : 51 3907 – 7707

  • Professional Speaker

    22/11/2015

    Último dia do curso Professional Speaker da Sociedade Brasileira de Palestrantes. Na foto, o jornalista Sérgio Stock apresentando os módulos 5 e 6 no sábado. Hoje, domingo, ainda vamos ter Flávio Guerrico e Wilson Calé. Show!!

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